Qual mãe e qual pai, após probir alguma ação de um filho, não se viu diante de uma insistente argumentação do mesmo para reverter esse não para um sim. Principalmente se a esta proibição, não atrelar-se uma justificativa plausível.
Esperar que a criança obedeça sem qualquer reclamação, é querer formar um indivíduo que não lutará pelos seus desejos, que não terá capacidade de negociar.
Devemos estar sempre abertos a ouví-los, se quisermos sermos ouvidos. Devemos permitir que nossos filhos expressem seus sentimentos e que possamos, juntos, encontrar momentos de identificar tais sentimentos, numa conversa amigável.
Se somos tolerantes com nossos amigos e parentes adultos quando eles emitem uma idéia contrária à nossa, porque somos tão intolerantes perante nossos filhos?
Simples! A criança questionadora ameaça a “autoridade” de pessoas adultas inseguras.
É importante que ela possa verbalizar suas idéias, entretanto também é importante que ela também escute nossos motivos para um não.
De que adianta dizer à criança para não manusear a faca, se não lhe explicarmos o quão perigoso o objeto pode ser?
Quando educamos para a autodisciplina, estamos ensinando a autonomia.
Quer doces? Antes do almoço não pode porque faz diminuir a fome sem dar nutrientes.
Quer ficar vendo televisão até mais tarde? Se amanhã não levantar na primeira chamada, não será mais permitido ficar até mais tarde (é óbvio que isso acontecerá na primeira negociação...)
Quer sair com amigos? Já cumpriu todas as tarefas escolares? (Até no dicionário o dever vem antes do lazer...)
A sociedade exige das pessoas que elas cumpram normas, desempenhem tarefas. A vida é exigente com as pessoas, e os fracos não conseguem vencer os dissabores. Como não ensinar isso aos filhos?
Alguns pais ou mães, por criarem seus filhos sozinhos, se dizem “pai e mãe”.
Este é um grande engano! Mãe tem uma forma de abordar os filhos completamente diferente de um pai. E a recíproca também é verdadeira.
Ninguém educa como os dois!
É mais difícil sim, porque não há com quem trocar idéias, pedir opinião, porém, é a sua forma de educar; e esta precisa estar bem clara em sua mente, para que não ocorram negligências ( por sentimentos de culpa) ou autoritarismos (por medo).
A maneira determinada como os pais controlam as ações de seus filhos quando ainda pequenos, terá uma resposta fundamental para o autocontrole desse indivíduo quando este chegar na fase de adolescente e adulto.
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